Pecados ocultos: Não há nada que o Senhor não saiba

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Vivemos num século em que é muito fácil demonstrar ser alguém que não somos, a internet e a tecnologia apesar de ter facilitado muito a nossa vida trouxe aspectos que podem ser negativos se usados de forma errada. A facilidade em se obter pornografia por exemplo é uma coisa que nossas igrejas parecem pouco se preocupar em tratar de forma efetiva, mas é algo que atinge (e muito) os cristãos e deve ser olhada com muito cuidado pela Igreja do Senhor Jesus Cristo.
Os séculos XX e XXI são marcados por períodos da historia humana, da qual aparentar ser é mais importante do que de fato ser. Porém mesmo estando inseridos nesta cultura (que é totalmente secular), nós cristãos temos de estar na contramão do fluxo do mundo e não sermos atingidos por essas ideias, pois elas podem nos dar vieses de entrar num mundo de pecados sem que nos atentemos. A ideia de que na igreja você aparenta ser um cristão santo, engajado com as obras da igreja, com a leitura da Palavra e com uma vida aparentemente irrepreensível não significa que de fato está levando uma vida que agrada ao Senhor, pois você pode, em seu íntimo, em seu quarto quando ninguém vê, estar pecando, e por ninguém ver, por ser uma prática em oculto, achar que tudo bem, pois é apenas um “pecadinho”.
A Palavra de Deus porém não nos ensina que existem pecados maiores ou menores, ou então pecados que se forem praticados de tal forma são aceitáveis. Existe um livro de Russell Shedd, denominado “Pecados e pecadinhos” que justamente o autor aborda essa ideia; não existem pecados mais ou menos aceitos por Deus, pecado é pecado. Porém, em minha caminhada cristã uma coisa eu percebi, o pecado mais difícil de ser vencido é aquele em que temos de lutar contra nós mesmos e não aqueles que temos de lidar contra outras pessoas. E diante desse fato temos de trabalhar nossa vida constantemente para de maneira prática, verdadeira, sejamos parecidos com Cristo.
Existem versículos da Bíblia que nos ensinam que não há nada que nosso Deus não conheça ou que não venha a ser descoberto por Ele, em Lucas 12:2, por exemplo, quando Jesus está conversando com aquela multidão Ele diz que não existe nada oculto que não venha a ser descoberto, por isso, não ache que por você estar fazendo algo que nenhuma pessoa está olhando, o próprio Deus também não está.
No livro de Salmos 4:4, o salmista nos ensina que quando estivermos sofrendo alguma perturbação, não devemos pecar, antes, devemos nos calar, deitar e refletir sobre isso.
Irmãos, tanto eu quanto você que está lendo sofremos diariamente com tentações para pecar contra o Senhor e vivermos uma vida longe dEle, e pior que isso, temos muitas maneiras de facilmente exercitar esses atos. Mas quando Cristo nos deixou a sua Igreja, Ele não deixou apenas para nos reunirmos aos domingos, e falarmos sobre a vida, Ele deixou para que juntos, nós perseveremos no Evangelho, sendo ajudadores para buscar uma vida Santa enquanto comunidade, mas também como pessoas que individualmente sejamos imagem e semelhança de Cristo. Por isso, devemos buscar em nossas igrejas, juntos de nossos irmãos partilhar de nossas dores, daquilo que nos incomoda e que sabemos que nos afasta de Deus, sem tabus ou obstáculos, para que não nos pareçamos como as Igrejas descritas em Apocalipse de Tiatira ou Pérgamo por exemplo, que o Senhor Jesus contava suas qualidades, mas depois mencionava “Contra vocês tenho isso”.
Diante do exposto, pudemos observar que; nenhum feito não pode ser alcançado pelos olhos de Deus, Ele sabe de tudo (Lc 12:2; Sl 147:5; Jó 37:16; Jo 2:24,25), ou seja, os pecados em secreto embora pensemos que não, são do conhecimento de Deus; a Escritura nos ensina a meditarmos no Senhor quando sentimos a vontade de pecar, e a nos arrependermos (Pv 28:13; Sl 32:5; Ef 4:26) e Deus nos chama para enquanto Igreja orarmos juntos contra os nossos pecados e os dos nossos irmãos (Tg 5:16; Gl 6:1,2; Mt 18:15).
Irmãos, espero que essa meditação tenha validade prática em sua vida, assim como na minha, que a Palavra de Deus esteja sempre conosco para corrigir rotas e servirmos de maneira pura e correta ao nosso Senhor.

A pergunta mais importante que podemos fazer sobre qualquer hábito, ação ou comportamento é: Isto contradiz o Evangelho?
John Piper

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